Encostado em meu carro aguardando uma pessoa, próximo a uma
feira de rua. Ao meu lado estava estacionada também uma moto, cujo proprietário
em dado momento chegou pegou algum objeto e saiu.
A uma distancia aproximadamente de cinco metros o cidadão
mencionado, cruzando com mais duas pessoas, deixa cair de seu bolso uma cédula de
real. Imediatamente fui ao encontro da cifra perdido e constatei seu valor: R$
50,00. Tentei caminhar andando atrás do dono do dinheiro e sem obter êxito
passei a correr o que me deu margem de alcançá-lo. Dizendo que ele havia
perdido dinheiro indaguei qual seria o seu valor. Ao confirmar a importância,ficou
caracterizado que era realmente o dono.
Terminado o episódio, retornando ao meu ponto de partida
inicial, fiquei um tanto quando espantado: Vários feirantes estavam me
aguardando, perplexo com minha atitude. Chegaram a dizer que em toda sua vida
jamais presenciaram tamanha atitude de alguém que achando valores na rua partir
ao encontro de seu proprietário para fazer a devolução.
Passei a ficar famoso com os comerciantes próximos ao
acontecimento e aqueles que não presenciaram , souberam pelos outros.
A feira se realiza toda 6º feira e eu ali estaciono também
neste dia.
Estamos vivendo uma época tão difícil que simplesmente um
ato de dever do cidadão é tido como heroísmo e espanto para algumas pessoas.
É uma questão moral para todos nós assim proceder.
Detalhe-A pessoa que perdeu o dinheiro ao retornar de onde
foi, virou-se prá mim e disse:
“-Isso aqui é prá você tomar um refrigerante (CR 10,00); o
Sr. Não sabe a ajuda que me deu; -Muito obrigado!!!”
Aproximadamente 25 anos atrás, estava com determinada
importância no bolso de vendas de
final de ano da loja que tinha na Glória, Vila Velha.
Comemorava as festas entre amigos e em dado momento perdi todo o meu dinheiro
ficando desesperado chegando até a chorar. Um deles achou e mesmo vendo meu
estado não se manifestou em devolver.
Um dia o arrependimento tocará essa pessoa. Não desejo, mas
é a vida.
Cada um faz a sua parte e Deus por todos nós.